quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"We're gonna whistle our way to the top"

Eu normalmente vejo notícias sobre grandes comoções, e já fico todo "emocionado". Bom, com a história desse pai de duas meninas já fiquei todo assim e queria compartilhar porque eu simplesmente achei algo muito bom de se divulgar. Fizeram um cover de Home do Edward Sharpe and the Magnetic Zero e postaram no youtube. Simplesmente de se ver que não precisa de afinação pra se ter algo realmente bom e gostoso de ouvir. Você não precisa mandar pacotes de comida não perecível para eles, mas simplesmente assistir, se gostar, tudo bem, se não também. Gostei mesmo deles e achei muito bonita a história.



No canal deles têm mais informações sobre como começou, entrevistas e tudo mais. Só pra divulgar mesmo.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Maturidade

"Ah, as pessoas vivem dizendo que eu não pareço ter 12 anos, mas sim 17" - Ok.

Cara, se você se acha especial porque as pessoas te acham maduro, é porque você é imaturo. Você não tem que se sentir especial por causa disso. Quando você começa a ter noção do que é pensar e agir como um adulto, você é maduro, até lá, você é uma criança inútil pra sociedade, e não vai ser a internet que vai mudar isso. A internet só cobre essa sua cara cheia de espinhas e cabelinho arrumado pela mamãe. O que diz se você é ou não é maduro não é o que as pessoas falam de você ou sua idade, não são as coisas que você faz ou deixa de fazer, não são as coisas que você diz ou deixa de dizer, mas como você age em certas situações, como você pensa.

Não sou o senhor maturidade, mas pelo menos tenho uma certa noção porque eu já fui muito mais idiota do que eu sou hoje.
Só lembrar que na internet você escrever poemas não te faz poeta, você postar suas fotos tiradas pela sua tekpix não te faz fotógrafo e nem escrever num blog te faz redator. Aceitar a realidade como ela é e evitar se revoltar contra ela com fundamentos egoístas é um grande passo.

Isso não é um manual de como ser maduro, pra aprender tudo isso leva tempo, eu mesmo ainda não aprendi, isso é só uma coleção de conselhos que me deram.

Você saber sobre todos os livros didáticos que existem não te faz maduro.

Só lembrar que você pode ser uma criança imatura ser feliz, só se aceite.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Idiota

Sabe quando você faz ou fala algo que você se sente idiota, babaca, mas mesmo assim fala? Pois é, eu vivo assim. Não é que eu não esteja satisfeito comigo, aliás, isso me faz bem saber que mesmo eu sabendo que se eu visse uma pessoa falando isso eu daria com um cano na cabeça dela¹.

Sabe, eu sou mega satisfeito comigo mesmo. Mas quando você vai ser sincero e você não quer parecer idiota, mas por mais idiota que você pareça, você está bem por que mesmo assim, era você, e não uma outra pessoa. Ok, isso soou idiota, viu? Mas é a intenção.

De vez em quando eu tenho medo de falar algo porque depois vou ficar remoendo aquilo, mas a técnica de desapego mental à coisas inúteis é bem cabível nesses momentos.

A mensagem desse texto é pra simplesmente falar o que bem entender. Por mais que vão te reprimir e blá blá blá, se você acha correto o que você diz, pode falar. Aos poucos você vai vendo o que é cabível a se falar e o que não é, é simples. É meio que uma técnica. Não tô querendo falar como  O EXPERIENTE. Mas de parecer idiota dá pra ver que eu tenho bastante experiência. Então a nova moda é SER IDIOTA. Mas idiota pra você. Simplesmente seja você, e com toda certeza esse você é idiota.

¹ - Ando jogando muito Streets of Rage

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

My videotape.

Peço que ouçam a música, prestem atenção na letra e depois leiam o texto. Bom, a parte de ler o texto nem é tão necessária depois da música, mas é só pra mostrar que me inspirei nela.
Radiohead - Videotape

O que estará na sua fita? Aqueles momentos embaraçosos durante a infância pelos quais você teve que passar pra ter algo pra rir quando adulto?
A primeira paixão platônica, aah, essa lembrança vai estar na minha fita.
Sabe o primeiro beijo? Será que foi especial? E se não tiver sido, está tudo bem, você troca pelo primeiro bom beijo.
Ou as aventuras com os amigos, as noite em claro que passou pensando em algo que hoje seria inútil pra você, isso não pode faltar.

Mas também deve colocar momentos ruins, aliás, é a minha fita, ela vai ter que mostrar o que aconteceu pra eu ser o que sou hoje. Ou o que era, antes de estar assistindo a fita. Mas ainda vou ser eu, eu vou ter marcado, vou ter minha própria fita e vários vão estar se coçando para assistir.

Mas por que fazer isso pela minha fita, quando posso fazer pela minha vida? Já sei, a partir de agora só vou viver para minha fita. Cada momento, nela, cada segundo intenso como vai ser nela... Ou não, ou eu posso  equilibrar, ou eu posso simplesmente viver, mas sempre tentar lembrar já tentando montar a minha fita.

Por que eu estou pensando tanto na minha fita? Será que alguém mais quer fazer a própria fita. Ou só eu sou idiota o bastante pra querer momentos só pra se lembrar. Mas eu estou certo não é? Viver momentos, relembrar, repassar. Tudo como se fosse uma fita.

Acho que vou precisar de um DVD.

domingo, 9 de janeiro de 2011

É engraçado

Tem horas que eu paro pra pensar. Aí eu percebo que idiotice tô fazendo e continuo andando e pensando que é mais fácil.

Aí eu vou pensando e reparando nas pessoas na rua. Cara, como é engraçado ver que mesmo todo mundo falando da "simpatia dos cariocas" mas eu saio na rua, vou olhando as pessoas, uns andam tensos, parecem pensar nas contas pra pagar e no calor, outros andam desconcentrados, com sono, uns estressados, irritados, e eu chego a me sentir intimidado com isso. Eu acho que a coisa que eu faço de melhor na minha vida é relaxar, e dá uma vontade de sair falando isso pra muita gente na rua.

Acho que de vez em quando o melhor não é esconder o estresse, mas simplesmente conviver com ele. Sabe, até brincar. Porque não há nada melhor do que rir pra não chorar. É você ver que sempre tem a opção de achar graça nas coisas por mais terríveis que elas estejam. Mas também lembrar que existem tempos de chorar, não precisa ser sempre, mas evitar afetar os outros com isso. Assim como o riso, o choro contagia, e chorar é somente pra quem precisa, não pra quem está em volta.

Chorar, rir, gritar, ficar calado, a vida é bem mais que isso, mas quando eu resumo a só isso, parece até mais fácil e eu consigo também rir no meio da rua. Em qualquer lugar.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ao invés.

Ele chegou em casa como qualquer outro garoto confuso, mas não bebeu seu café, não escutou sua música indie nem fumou seu cigarro, porque apesar dos pesares, ele só queria ser normal, não queria parecer mais um desses que aparecem em tumblrs alheios em fotos dessaturadas.  Ao invés de quebrar um vaso de flores o arremessando contra parede, simplesmente deitou e esfregou as mãos no cabelo a procura de um pouco de relaxamento.

Se ele ao menos fosse parecer tudo marcado, como se ele tivesse sendo assistido, assim talvez ele fosse clichê e previsível como todos quisessem que fosse. Por mais que não dissessem explicitamente, ele sabia que esperavam que fosse mais um. Não que se sentisse especial, mas queria ao menos se largar de um pensamento mútuo.

Ao invés de sair de casa pra ir pra alguma matinê ou algo do gênero como nunca foi mas todos os outros iam, sentou-se ao computador. Mas não foi escrever um texto com palavras difíceis declarando o quão bizarro era esse mundo ou criando um conto surreal, como se quisesse parecer um pouco menos idiota mas somente indo contra a ideia.

Sempre procurou alguma forma de não ser o mesmo de sempre, mas percebeu que tinha que fazer o que se sentisse melhor, não o que parecesse mais interessante para os outros. Seu pensamento era seu tesouro, talvez até o único que ainda lhe restou. Mas será que ele devia ostentá-lo? Ou modestamente exibí-lo a quem julgasse merecedor?

Não se sentia adolescente, mas também não se sentia adulto, criança, se sentia humano, de fato era humano, mas queria ser apenas uma mistura de maturidade com liberdade sem preconceitos quanto à idade. Pode parecer bem infantil esse pensamento, mas afinal, era isso que ele queria ser, livre como um ser em sua infância. Poder falar o que quiser sem que julgassem que já sabe demais pra falar algo tão estúpido.

Errar cada vez se tornando mais fácil quanto maior o medo da punição. Talvez não tão severa fisicamente, mas o próprio flagelo a si já o machucava em saber que errou.

Vai ver ele precisa ser mais clichê... só pra se sentir fazendo algo planejado, vai ver, ao invés de estar satisfeito com o que é, devesse se perder mais pra parecer mais um problemático.

Ou talvez devesse voltar a dormir. Em paz.

Por algumas horas.