segunda-feira, 12 de março de 2018

Esperança

"O que você chama de esperança? Esperança seria a sua vizinha que sempre vem te pedir farinha de trigo? Ou esperança é aquilo que faz você acreditar em algo só pra não desistir.

Eu detesto falar sobre palavras em específico, principalmente essas um pouco mais profundas porque aí sempre vai ter nego e falar que vai além disso, que é uma coisa um tanto quanto mais séria, mas eu vou dar o meu atual significado pra isso e por que eu acho isso.

Sabe quando você quer acreditar em algo, você não tem muitos motivos, mas é bom esperar que algo aconteça, não digo algo em especial, só algo de bom. Tem aquelas horas que você simplesmente sai de casa prum lugar em que você não tem expectativa de que algo aconteça, tipo... sei lá, dentista, e aí você só sai na esperança que venha algo bom, e simplesmente acontece.

Por quê essa mania de só querer que alguma coisa apareça e"

      O texto acho que era de 2011 e tava só de rascunho aqui no blog. Bloqueio criativo era o que eu tava tendo no momento e acho que nunca me envergonhei muito de largar algumas coisas até porque esse por exemplo tava bem desconexo, o que é algo que serve de gancho pra eu começar esse texto, já que de forma desconexa ressucitei um blog de quando eu era criança. Acho que é se entender nessa geração em que o "diário" escrito a mão dá muito trabalho então melhor deixar que seja público e esteja nas mãos do google e suas nuvens acima das nuvens. 

      Mostrei esse blog pra Camila e ela eventualmente nos inspirou a resgatar essa vibe de escrever e me deu a sugestão de rever meus textos, e agora só consigo me demonstrar muito grato aos toques suaves que essa moça traz pra vida. É uma honra ela trazê-los a minha vida de forma tão natural. 

     Se for pra eu debater o tema que eu tava tentando dissecar naquela época eu provavelmente me expressaria da mesma forma que tentei mas acho que entenderia que pra descrever isso eu poderia usar tantos outros exemplos mais significativos do que uma ida ao dentista, mas sei lá, né, eu tava tentando. Eu tive esperança de acertar o que eu queria expressar. Acho que mesmo deixando o texto pra lá essa esperança não precisou estar consciente e explícita pra permanecer viva, talvez isso me ensine mais sobre esperança do que tentar colocá-la em palavras aqui tirando de situações hipotéticas.

Esperança é a expectativa viciada?

segunda-feira, 5 de março de 2012

Maísa

De vez em quando eu me pego fazendo reflexões profundas sobre a vida e tudo à minha volta, mas isso passa e eu logo ligo a TV. Como não tenho o "cabo" no aparelho do meu quarto, acabo vendo os canais abertos, sei que soa prepotente falar algo como "é, vou ter que me virar com TV aberta" até porque não conheço muita gente que adoraria ver o Programa do Raul Gil ao invés de Keeping Up with the Kardashains... Ok, conheço sim.

Mas viajando por essa infinidade de canais (uns 5 se for contar o CBN), eu acabo me encontrando por ver aquele que já se diz o padrão, o Sistema Brasileiro de Televisão. Bom, como todos sabem, o SBT é o brinquedinho do Sílvio Santos, e não vá julgar brinquedinho como o modo que falam que a televisão é algo manipulador e todas essas conspirações, mas sim, o SBT é o passatempo de Senor Abravanel.

Senor Abravanel, nome o qual eu achava que Senor era um modo classudo de se referir à ele como Senhor.

Mas a questão do texto se volta à pequena Maísa, a menina cheia de manha. Não sei porque me intriga tanto, uma menina que é tão fofinha (não há como discordar, apesar de vários tentarem), carismática, e de certa forma, talentosa, sim. Apesar de tantas críticas é indiscutível que ela tem o seu brilho próprio. Eu não vim aqui criticar a forma como o entretenimento vem forçando a barra fazendo com que as crianças cresçam num universo diferente nem nada do tipo.

Minha pergunta é muito mais simples e eu realmente queria que me respondessem:

Por quê parece que a cada dia que passa a Maísa fica cada vez mais parecida com o Sílvio Santos?

Só queria tentar entender...



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Vergonha de ser ateu

Quando eu comecei a repensar meus conceitos sobre religião aos poucos fui me tornando ateu, eu até senti orgulho de mim, pensei "nossa, finalmente tô escolhendo algo por mim" tendo consciência de que eu sabia no que queria acreditar. Até parava pra ler uns artigos sobre ateísmo e gostava mesmo de me encher de cultura, mas ao passar do tempo, eu fui vendo que também não é fácil com gente que não aceita, todo aquele lance, mas também não tomo porrada por causa disso.

Bom, depois que finalmente passou aquele "calor da emoção", eu vivi naturalmente, mas mesmo assim, vinha gente querer me questionar e eu maioria das vezes gostava de discutir racionalmente, mas hoje em dia, já não tenho nem paciência. Por quê não? Se você for olhar uma grande quantidade de ateístas que querem porque querem enfiar por goela abaixo a ideia deles nos cristãos, fico até sem graça dizer que tenho uma ideia relativamente semelhante à desse cara.

Nunca quis converter ninguém, principalmente porque odeio que tentem me converter. Gosto de discutir e ver pontos de vista dos outros, mas nunca gosto que queiram mudar minha ideia, até quando num curioso caso em que eu já era ateu e fui à uma igreja evangélica e tive que dizer que era católico para menores confusões, o cara que eu tava conversando nunca parava de falar "você pode vir aqui quando quiser, não precisa ficar colocando na cabeça o que falarem aqui, você aceita o que quiser, Deus tem um plano pra você". Depois desse dia que eu vi a tamanha bobeira que é ver gente querendo discutir por algo que não muda nada o caráter de uma pessoa.

Irritante ver gente fazendo criancice de querer discutir até no Facebook, que por sua vez tá me deixando cada vez mais irritado com vários amigos meus, que querem porque querem sacanear cristãos tentando parecer superiores. Dizem que como o ateísmo é uma ideia, ela não é pregada, só divulgada. Mas se esse tipo de divulgação ofensivo e infantil continuar sendo, fica soando tão parecido como pregação.

Só queria comentar isso que eu não sou lá a pessoa mais decente do mundo, mas nesse assunto eu gosto de lembrar de respeitar mais os outros não pelo o que eles acreditam, mas pelo o que eles fazem por você, sendo diretamente ou indiretamente.

Por isso que eu tenho vergonha de dizer que sou ateu e maioria das vezes prefiro evitar tocar no assunto de religião. Somente por isso.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Hoje é um novo dia

Já tem tempo que eu não posto aqui, e acho que não tem hora melhor pra isso do que se não falar do que vem acontecendo comigo. Não da minha vida, se bem que tem umas coisas bem engraçadas, mas detesto escrever histórias, nunca sei se as pessoas aprovam ou não, normalmente fico na paranoia de que a pessoa vai achar engraçadinho e pra mim isso é pior do que não fazer nada.

Sabe, as pessoas têm essa mania... antes de falar "das pessoas", eu tenho essa mania de generalizar, então, calma aí...

Bom, há quem tenha aquela mania de resoluções de final de ano, e eu acho que eu devia começar a fazer umas também, mas não vou guardar pra mim ou só compartilhar com os amigos, mas sim com o vazio que tá esse blog.

Eu queria começar falando que eu nunca fiz resoluções de ano novo, então vou fazer do meu jeito e vai ficar marromenos porque eu não sou criativo.

E com vocês, o que eu quero fazer em 2012:

-Nunca precisar fazer uma resolução de ano novo pra ver se melhoro
-Começar a pensar no que vou falar no texto antes de começar a escrevê-lo pra não começar a fazer resoluções de ano novo
-Terminar algo de certa forma com utilidade e não se prender em um assunto só, tipo... resoluções de ano novo.

É melhor eu esperar pra ver o que faço em 2013.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

16

A cada ano eu tenho minhas reflexões no dia do meu aniversário. Eu revejo o que eu pensei a cada ano e o que eu queria pro ano seguinte. Aparentemente eu melhorei de um jeito meio leve de um ano pra cá. Certeza que eu aprendi coisa pra caralho, e como errei, mas isso já vem no pacote.

Não sei porque, mas agora eu fico lembrando de quando eu fiz 8 anos. Acho que é porque é metade, né... Sei lá, só tô lembrando que ultimamente eu vejo que minhas ambições de quando eu tinha essa idade não são tão diferentes das de hoje.

Acabo vendo que a gente não muda tanto quanto pensamos. Quando eu era menor, o que eu mais queria era ter um tempo pra brincar sozinho, ter um dia em que eu relaxasse com meus brinquedos. Acontece que hoje em dia eu não mudei. Só que agora eu brinco com palavras. Brinco com pensamentos, opiniões. Não porque eu amadureci, mas sim porque eu doei meus brinquedos pra caridade, e porque meu cachorro os comeria se eu parasse pra brincar.

Eu não queria voltar a ser criança. Eu adoro ter responsabilidades, eu adoro ser eu, e adoro crescer. Acho idiotice quem fala que ser criança tudo era mais fácil. Eu sofria se eu tivesse que escrever mais de uma página. Os obstáculos só vão aumentando de acordo com o nosso ritmo, o problema é que de vez em quando a gente não acompanha.

Fico com medo, na realidade, medo pra caralho de um dia crescer e pensar que não aproveitei minha juventude. Mas mesmo assim eu ainda tenho que saber qual é meu conceito de aproveitar. Há quem diga que aproveitar a juventude é fazer tudo aquilo que você não vai poder fazer quando adulto, e insanidades e qualquer outra coisa. Minha ideia, na verdade, é simplesmente ser feliz à minha maneira. (Já ouvi isso em algum lugar e isso soou clichê pra cacete)

Acho que tudo que passei, estou passando e vou passar, é tudo que eu sempre quis. De alguma forma, eu tenho que querer o que tenho. Não sei se deu pra entender, mas eu realmente preciso fazer com que entenda?

Bom, eu sei que muito mudarei daqui pra frente, mas eu gosto de mudar. Gosto de ser eu e com o tempo me arrepender de ter sido eu.

E pra finalizar... só lembrei daquela bad que vem quando eu lembro que nos EUA eu poderia tirar carteira de motorista. Mas pelo menos eu posso votar... Melhor que nada né?


Né?

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Sorria você está sendo filmado

Ainda lembro vagamente da minha infância, e das músicas. Minha memória auditiva, como ela me inspira pro meu presente. Esses dias me lembrei de um dia que lá estava eu no carro, indo pro colégio e começou a tocar aquela música, Sorria do Gabriel Pensador, e parei pra prestar atenção na letra.

Apesar da parte do "não coma a mulher do amigo"  dentre outros, eu estava completamente maravilhado com a música, porque ela dizia tudo aquilo que eu ouvia e lia por toda parte. Muitas vezes, durante o dia você lê e ouve frases que estão explicitamente te ordenando a fazer algo, e você acaba fazendo. Por quê?

Parei pra tentar responder esse "por quê?" e admito que não consegui.

Até porque na verdade são vários motivos. Uns são pra sua segurança, outros são pra maldita "etiqueta", e claro, as crenças populares, e não digo só a de passar debaixo da escada, mas também de não usar o nome de Deus em vão.

Às vezes deve se ignorar esses avisos. Por que não comer de boca aberta? Qual é o problema de gente que você nunca viu na vida, num restaurante, vir o que você está mastigando?

É nojento? Pra caralho, mas e quem liga?

E não se incomode em fazer algo estranho mesmo estando sendo filmado, até porque, se não é uma câmera que está te vigiando, são só todas as pessoas que estão a sua volta, e acredite, essas são bem mais traiçoeiras.

Sorria, sua visita foi computada.

sábado, 6 de agosto de 2011

Procura-se um clichê

Não só um momento, não só um relacionamento, motivo clichê também é necessitado. Alguém? Eu sei que não sou só eu que estou atrás. Todo mundo quer um clichê. Algo que pareça espontâneo, mas é completamente esperado, simplesmente pra poder se identificar. Eu detesto... mentira, eu adoro criticar, não a rede social, mas os usuários de tumblr.

Então logo vejo que temos aqui uma nova moda... um novo clichê: Estar apaixonado e essa paixão não ser recíproca. Não acho errado amar, mas... sério, sentir a necessidade de amar. Ou pior, se enganar e dizer que está amando alguém. Ok, eu não sou o Sr. Experiência pra dizer isso, mas por favor, pelo menos o que eu sei é que os usuários de tumblr variam entre 12 ~ 18 anos.

Ok, vamos além da internet. Sabe quando todo mundo fala de funkeiros no ônibus? É, tipo "Ah, como eu odeio nego que fica com o celular no ombro(?) ouvindo funk, é sempre assim, todo ônibus que eu entro tem que ter um"
De vez em quando o cara nem sequer pega ônibus pra falar uma coisa dessas, mas esse é o clichê que agrada numa conversa.

Ou então, digamos, você tem uma namorada e sabe que quer impressionar, o que você faz? Compra chocolates. Ok, há controvérsias, só digo que é um clichê que mesmo assim agrada porque é clichê.

Mas por quê?
Acho que a rima de "ê" aqui vai terminar com uma frase que é a seguinte:

Só é clichê porque é bom.

E foda-se que clichê não rima com bom, quem escreveu o texto fui eu.